REMINISCÊNCIAS




REMINISCÊNCIAS
Rio Grande...
Ah... bem que eu gostaria de ser letrado ou poeta e assim com palavras maravilhosas, descrevê-la e expressar o que sinto, pela cidade onde nasci.
Já se passaram 64 anos e como explicar, que de lá saindo aos 06 anos de idade, guardo tantas recordações e tão vivas, como se neste momento às estivesse revivendo!
Os bondes amarelos... como era divertido rabucha-los, quantas quedas e escoriações nos joelhos!
Os vagões dos trens, refúgio para as brincadeiras.
As águas translúcidas, que davam para enxergar os cardumes de peixe-rei. Os milhares de buracos, onde entravam e saiam os siris, ou seriam caranguejos? Só sei que à noite povoavam os meus pesadelos.
As figueiras da Aeronáutica, que para chegar até elas, tínhamos que atravessar um campo de rosetas, que valia a pena, apesar dos pés ficarem todos cravejados de espinhos.
Os banhos furtivos nas pedras do Honório Bicalho.
A Ponte do Francês, que nunca tive a coragem de atravessá-la.       
Adorava o Canalete, sempre me encantou a sua beleza! Numa enchente, um de meus irmãos, ali caiu, sendo resgatado por um pracinha do exército, logo após se jogar nele. Ali morou, até falecer, a dona Geni Terroso, amiga de meus pais. Foi na casa dela, que eu comi a minha primeira feijoada, que para a surpresa minha de guri, era acompanhada de laranja e  banana frita.
Lembro da Confeitaria Guarani, onde trabalhou meu irmão mais velho, Guilherme. Que saudades dos quéquis, das panelinhas de coco e outros doces, que não recordo dos nomes. Os bolos de noiva, verdadeiras obras primas!
Como eram gostosos os amendoins cobertos de açúcar, vendidos nas carrocinhas próximas ao circo, acondicionados em conezinhos de papel.
Como me encantavam os blocos de carnavais, com suas lanternas de papel celofane, que iluminavam as noites, com suas belas cores. E quanto medo eu sentia, ao ver o boi e o gorila. Tudo era lindo e mágico.
Mas, o que me trás mais saudades, eram as viagens de bonde até a Praça Tamandaré, onde após brincar nos balanços, íamos comer salada de frutas, no mercado público.
Parece que neste momento, estou no meio das pessoas, que lotavam as Docas, com muitos barcos, carregados de peixes, camarões, frutas, hortaliças e flores. Que recordação maravilhosa!
Passados tantos anos, a fisionomia da mesma mudou. Mas, toda vez que à visito, me encanto e me emociono, com tudo de belo que ela possui: praças, o mercado público, o porto e além disso, o prazer de conviver com as pessoas, que eu considero como se fossem meus irmãos. Como fico feliz, quando conheço um novo Papareia! E mais feliz ainda, em ver que o progresso ali chegou, para a melhoria de vida e oportunidades à muitos.
Posso estar longe hoje e muitas vezes mais longe estive, porém, Rio Grande esteve, está e sempre estará, na minha mente e no meu coração!
NILO FIOSSON
11/11/2014

Anônimo ARLINDO TEIXEIRA disse...
Nilo, tuas reminiscências trouxeram-me saudosas lembranças de minha infância, pois também participei de quase tudo que descrevesses neste belo texto. Me fizesse voltar ao passado! ABS
11 de novembro de 2014 21:53
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Anônimo PAULO EDISON disse...
NILO,OBRIGADO PELAS LEMBRANÇAS QUE NOS TRAZES.VIAJEI- PAULO EDISON
11 de novembro de 2014 23:00
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Comentários

ARLINDO TEIXEIRA disse…
Nilo, tuas reminiscências trouxeram-me saudosas lembranças de minha infância, pois também participei de quase tudo que descrevesses neste belo texto. Me fizesse voltar ao passado! ABS
PAULO EDISON disse…
NILO,OBRIGADO PELAS LEMBRANÇAS QUE NOS TRAZES.VIAJEI- PAULO EDISON
Nilo Fiosson disse…
Amigos Arlindo Teixeira e Paulo Edison, quis o destino que não vivenciàssimos juntos esta época, porém fico feliz em saber que embora separados, ambos compartilhamos os mesmos prazeres.

Um forte abço. aos dois!

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