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Mostrando postagens de novembro, 2017

ALÔ, ALÔ DR. JAIR!

Caro Jair, apreciei a contagem das horas da viagem rodoviária RG-PoA, desde os primórdios. Pesquisei isso nos jornais de Rio Grande, e recolhi algumas informações. O início das viagens foi feito em camionetes Ford para 8 passageiros e o motorista (o Papareia tem foto do veículo). Elas começaram em 1944, saíam da rua Mal. Floriano, estação dos bondes elétricos (hoje é o Sismurg e o prédio ainda existe). Respondido, portanto, onde foi nossa primeira rodoviária, passando dali +- em 1952 para o Ponto Chic, na 24 de Maio com 19 de Fevereiro. Naquele início, a camionete saía as 5 h da manhã de Rio Grande, seguia para rodovia asfaltada para o Cassino, dobrando no antigo V, dali em diante em estrada de terra, inaugurada em 1938, passando pela Quinta, Petrolini e Povo Novo, chegando à balsa sobre o São Gonçalo, e, finalmente, em Pelotas. Só este trajeto demorava cerca de duas horas. Até Porto Alegre, também nenhum trecho pavimentado e mais duas balsas para ultrapassar: Camaquã e G

O DONO DA NOITE

O dono da noite “A noite não tem donos, nem deve ter mesmo. A noite é de todos os que a aproveitam sadiamente para dançar, conversar, tomar uma bebida, namorar, flertar, se divertir”. Assim definiu um dos maiores entendedores da noite rio-grandina, o querido José Ivo Souza, o Zé Ivo, de saudosa memória. Ele imperou absoluto em suas 14 casas noturnas, entre as décadas de 1960 e 80, por quase 30 anos “cuidando” das pessoas, trabalhando com sua equipe para elas se divertirem. Em entrevista a este jornalista, na Rádio Universidade FM, em 1991, ele recordou sobre a boate Quilombo, de 1968: “eu aluguei a casa onde morou a família Duprat, na Marechal Floriano, em frente ao clube Caixeiral (...) Paulo Penna e José Quimarães me ajudaram com a decoração (...) Ali, fiz a primeira vernissage na abertura de uma exposição de quadros com artistas locais (...) Minhas casas, a partir dessa experiência, tinham obras de arte, não eram só dança e bebida, preocupei-me em deixar o ambi
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Querida Abuelita, era tão bom o chopp, que literalmente caímos dentro do caneco!  Forte abraço!  Nilo/Ivone Fiosson

PAPAREIA abandonado...

Texto de Flavio Gomes, jornalista, autor de um blog O problema é que a audiência do blog, e desconfio que de blogs em geral, tem caído muito. Incrível. É uma ferramenta — ou plataforma, como queiram — até recente. Os blogs têm o quê? Pouco mais de dez anos? Este aqui faz 12 daqui a menos de um mês, dia 5 de dezembro. Eles surgiram como alternativa à mídia tradicional, golpeada pela velocidade da internet. Ótima ferramenta, diga-se: sem limitações físicas como as impostas pelo preço do papel e pelo tamanho das páginas de jornais e revistas, com possibilidades múltiplas — publicação de fotos, animações, ilustrações, áudios, vídeos — e, sobretudo, espaço para que nós, jornalistas (e quem mais quisesse) pudéssemos escrever sem preocupação com espaço e com liberdade editorial. O problema é que os blogs foram atropelados, nos últimos cinco anos, pelas redes sociais. As pessoas, hoje, leem aquilo que chega a elas por uma lógica ditada pelos algoritmos do Facebook, do Twitter e do