04-OUTUBRO, 2015

Conforme o Willy solicitou (fotos do Cedro), nosso SAF Norton Gianuca mandou duas maravilhosas:




MAmélia Goretti Estima Marasciulo me mandou, com bilhetinho do Norton Gianuca, apontando meu interesse nas imagens.
Sim, queridos amigos, interessam-me para subsidiar a pesquisa que realizo permanentemente sobre nossa cidade.
São fotos áreas da zona do porto novo, pegando áreas próximas, que permitem tirar algumas conclusões, tentando datar a foto, ainda por aproximação para que cheguemos, após mais pesquisas, na data perfeita.
Duas coisas ficam bem claras, de cara: a Vila dos Cedros recém começara a ser habitada, com poucas casinhas (não eram loteamentos regulares, mas terrenos invadidos); e a área do aterro em frente ao Regatas e Honório bem delimitada, sem canal de navegação antes de 1928, mostrando bem "o dente" junto ao porto novo.
Explicando melhor: o que hoje conhecemos como "ilha da Base" ou "ilha do Terrapleno" não era uma ilha, porque o aterro se prolongava além do Regatas e Honório de hoje, não havendo canal de navegação ali. Calculo que entre 1924 e 1928, esse aterro tenha sido retirado aí sim, deixando uma ilha ainda que artificial e o canal para navegação ligando os dois portos. Em 1928, o aterro não mais existia, Regatas e Honório ganharam seus espaços para sair com seus barcos de remo, construir rampa e trampolins como os conhecemos.
Outras observações que as fotos me permitem fazer:
1. pista de pouso na ilha na ocasião da foto era apenas uma, mas entre 1932 e 36, eram três, cada uma com cerca de 500 metros de comprimento;
2. ao lado do frigorífico Swift ainda não havia o cais de concreto;
3. terceira linha de armazéns do porto novo não havia sido construída;
4. fábrica da CRA - Cia Rio-grandense de Adubos, na av. Honório Bicalho, estava longe de ser construída;
5. quartel da Brigada já está em seu lugar e a vila Militar, embora riscada, era praticamente desabitada;
6. Clube Honório Bicalho com apenas dois pequenos pavilhões construídos, sem nenhuma pista de esportes; e Clube de Regatas RG com pista de atletismo, duas canchas de basquete e uma de futebol, além dos pavilhões dos barcos; mas sem o ginásio coberto;
7. Tanques do Terminal Oceânico da Esso, o popular "inflamável" ainda não fora construído (foi inaugurado em janeiro de 1949).
Falta então datar as fotos, que são sequência, foram tiradas no mesmo voo, então levando em conta cada uma dessas situações, situo as fotos entre 1941 e 1945.

Abraço, Willy

Comentários

ARLINDO TEIXEIRA disse…
Norton Gianuca: muito legal as fotos, saberias dizer em que ano foram tiradas? ABS/
Magrowski disse…
Bom dia papareiada amiga. Alguém tem notícias das irmãs sisters?
Sard@ disse…
Bom dia amigo Magrowski! Essa pergunta me corroe a cabeça!
Nilo Fiosson disse…
Magrowski, vou ter que encaminhar para a Sala de Redaçao, umas Goiabadas Predilecta, para servir de isca. Pode ser que assim elas aparecem.
Renato disse…
Caro Nilo Fiosson, com iscas como esta, Goiabada Predilecta, provavelmente bem mais que as irmãs sisters vão aparecer !!!
Nilo Fiosson disse…
Magrowski, vou ter que encaminhar para a Sala de Redaçao, umas Goiabadas Predilecta, para servir de isca. Pode ser que assim elas aparecem.
Sard@ disse…
Bom dia Papareiada sumida! Bom dia Magroski, Nilo e Renato!
Sard@ disse…
Muito lindas as fotos que o amigo Norton enviou, umas verdadeiras pérolas !
Magrowski disse…
É verdade Sardá, maravilha de fotos.
Renato disse…
A Vila dos Cedros - Segundo pesquisadores, a companhia francesa controladora teria elaborado também uma planta de um bairro contíguo ao porto. Este bairro, originalmente, seria planejado para atrair uma camada da população econômica e socialmente mais abastada. Contrariando a proposta inicial, aquele espaço foi ocupado por um contingente de trabalhadores portuários, normalmente atuando como diaristas avulsos, e dado à proximidade com o local de trabalho, não só o porto inicialmente, bem como com as outras indústrias que próximo se formaram em especial a Cia. Swift.
Conhecido como bairro dos portuários ou o "bairro que crescia à noite" pois era nesse horário que os moradores construíam suas casas, depois do trabalho, bem como aos fins de semana e em um trabalho chamado de 'mutirão', possibilitava que em poucos dias erguessem as construções ainda que em local proibido por ser terreno de Marinha.
Quem se interessar mais pelos aspectos internos da Cia Swift: magarefes, cortes, enlatados, latoaria, tanoaria, números etc. pode baixar, em PDF, sob o tema 'Mansos e Cabreiros no Swift ' referente a década de '40 e assinado por Lelio Roberto Valdez.
Renato disse…
Último Pedido

VITOR RAMIL

Se um dia a morte maleva
Me dá um pealo de cucharra
Numa saída de farra
Me faça torcer o alcatre
Me ajeitem bem sobre um catre
Me tirem os laço das garra

A morte é sorra mui mansa
Comedera de sovéu
Que vem, desarma
A mandado do Senhor
Nos larga num corredor
E dá uma espantada pro céu

Me enterrem num campo aberto
Que eu sinta o vento pampeiro
Em vez de vela, um candeeiro
Ao pé da cruz falquejada
Que eu possa enxergar a estrada
Por onde passa o tropeiro

Depois me deixem solito
Sobre o fraldão da coxilha
Junto ao pé da coronilha
Entre a mangueira e a tapera
Na "estância da primavera"
Coberto pela flexilha

Que eu ouça o berro do gado
De uma tropa em pastoreio
Ouça o barulho do freio
E o gaguejar das cordeonas
E retouços de redomonas
No chapadão do rodeio

Que eu sinta o cheiro da terra
Molhada da chuva em manga
Sinta o cheiro da pitanga
No barracão do pesqueiro
E o canto do joão-barreiro
Trazendo barro da sanga

Vou me juntar lá no céu
Onde só Deus bate asa
Não quero dar oh! de casa
Que a porta grande se tranque
Que me espere no palanque
Churrasco gordo na brasa

Vou viver na Estância Grande
Deste Patrão Soberano
Levar comigo o minuano
Pro rancho de algum posteiro
E pedir pra ficar lindeiro
Com o imortal Aureliano

Mas se lá não tiver carreira
Nem marcação campo a fora
Nem índio arrastando espora
Num jogo-de-osso em domingo
Eu quebro o cacho do pingo
E juro que venho embora !
Sard@ disse…
Como dizia aquele nosso amigo يعيش حياة! (viva a vida)
Magrowski disse…
E como dizia aquele outro: será que chove?
Nilo Fiosson disse…
E eu nos próximos dias não poderei dizer nada...complicações de saúde.
Sard@ disse…
Bom dia Papareiada! O que houve Nilo, é sério! Espero que seja um resfriado!
Magrowski disse…
Nilo, se teu comentário for sério, espero que não seja nada sério. E se for de molecagem, viva a vida!
Renato disse…
De lá pra cá: Revendo a foto enviada por Arlindo Teixeira de uma rua desconhecida de Rio Grande, uma esquina e que seria datada de 1900, gostaria de complementar o comentário onde constava que apareceu no blog Almanaque Gaúcho, de Ricardo Chaves, site de Zero Hora. A data do blog: 19/02/2013. Juntamente com a foto da rua em foco aparecem também mais três : 1)Uma foto aérea, recente, da cidade. 2)Uma foto da construção dos molhes, início do século 20. 3) Uma foto da Praça Xavier Ferreira, centro da cidade, anos 40. Baseado nisso acredito que a rua seja realmente de nossa cidade, ainda que até agora não se tenha certeza de sua localização. Abraço. Renato.
Nilo Fiosson disse…
Meus queridos Amigos Sard@ e Magrowski, nao e tao serio assim, mas terei que realizar uma pequena intervençao cirurgica, da qual nao gostaria de entrar em detalhes neste espaço. Para complicar mais, hoje ficamos totalmente sem internet, tv e telefone. Ja agendei uma visita tecnica com a Net.
Estou digitando do celular. Dentro do possivel, os manterei informados.
Forte abraço!
Sard@ disse…
Renato, descobri o endereço da bendita foto, é na esquina da Marechal Andrea esquina Bento Martins!
Anônimo disse…
Photo panorâmica Porto Novo enviadas pelo Norton. Nos meus alfarrábios tenho mais algumas desse mesmo vôo e local que tbm poderão ser úteis. Por sinal uma delas tem registro de 1931, mas acho que não procede. Ontem, no café, soube da postagem dessas fotos de nosso file, acessei por curiosidade e dei conta dq tenho perdido desse blog. Bom como sempre, mas especial Parabéns pelo novo formato. Ab Luiz Alfredo
Norton disse…
Apenas agora li os comentários sobre as fotos aéreas que enviei. Ao Arlindo Teixeira, respondo que, lamentavelmente, não tenho informações sobre a data das fotos. Se o Luiz Alfredo possui mais algumas fotos tomadas durante o mesmo vôo e local e se consta a data de 1931, penso que poderíamos dar crédito a esta data, até prova em contrário. Por outro lado, dada a antiguidade e qualidade das fotos, seria muito interessante que o Luiz Alfredo disponibilizasse à Maria Amélia e ao acervo do Papareia, "mais algumas desse mesmo vôo". Abs. Norton Gianuca
Renato disse…
Revendo o comentário do Willy Cesar onde diz na 1ª observação " 1. pista de pouso na ilha na ocasião da foto era apenas uma, mas entre 1932 e 36, eram três, cada uma com cerca de 500 metros de comprimento"; leva a suposição de que realmente a data em foco possa ser anterior a 32, o que coincide com a data em uma das fotos, segundo Luiz Alfredo 1931. Caso não se tenha certeza da data da construção de 'pelo menos' uma segunda pista: se 32, 33, 34, 35 ou 36, 1) ou coincide com a data em outra das fotos, segundo Luiz Alfredo, 1931, ou 2) A data da foto seria, pela lógica, no máximo, anterior a 1936, pois segundo a primeira observação, até 1936 já existiriam 3 pistas de pouso com cerca de 500 metros de comprimento, sendo que a foto apresenta apenas uma. Grande Abraço.
Anônimo disse…
Repassei hoje, via e-mail MAmélia, mais algumas photos aéreas tiradas durante o mesmo vôo das duas jah postadas. Foram tiradas a pedido de um armador de cabotagem ao seu agente local, LMSampayo Ag.Marítima (1931/41), penso que procede de fato a data de 31 anotada em uma das photos. Encontrei no mesmo álbum photos do cais do Porto Velho durante a ressaca de set 1928, em tempos de enchente e para relembrar mais essa, tomei a liberdade de tbm anexar. Ab Luiz Alfredo

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