ILUSTRANDO O E-MAIL RECEBIDO ABAIXO




Comentários

Unknown disse…
Excelente Melia querida reportera. Melhor ilustrado impossivel. Que nosso porto continue crescendo e ajudando nosso desenvolvimento de cidadaos. bejos e obrigado ao Papareia.
ARLINDO TEIXEIRA disse…
Inauguração Porto do Rio Grande melhor documentada impossível!
Beleza!!! ABS/
Sard@ disse…
Lindas estas fotos antigas!
Anônimo disse…
Maravilha. Igual como antes.
Indiquei para a cambada do NPOR74, que vai entrar aos poucos.
ABS P/ TDS, RT.
Magrowski disse…
Bah, que legal! O RT ainda tem e-mail.
Sard@ disse…
Bom dia Papareiada amiga! É verdade Magrowski, que bom que o RT ainda tem e-mail! Aquele abraço p/vcs!
Nilo Fiosson disse…
Bom dia Papareiada Amiga!

Vamos aproveitar esta chuvinha, para lavar a tristeza, eventualmente existente em nossos corações.

Forte abraço à todos!
Anônimo disse…
Leio todos os dias, cambada. Somente que não tenho tido muito o que dizer, mormente por razões profissionais. Abs p/ Tds, RT.
Sard@ disse…
Bom dia Papareiada Amiga! Paris em polvorosa!
Nilo Fiosson disse…
Bom dia meu Amigo Sard@!

Acho que os demais Imortais, pegaram uma carona naqueles foguetes da Nasa e estão na órbita, tirando fotos de Rio Grande. Esperemos para ver e revê-los!
Vilmar Cadaval disse…
Maravilha estas pérolas com que nos brindaram o Willy e o Gustavo...... mergulhos na história sempre nos confortam e/ou fortalecem, mormente quando, de alguma forma, nos dizem respeito. Abraços!
Sard@ disse…
B.D.P.A. Quem curte o Papareia sabe o que é essa sigla, não é amigo Nilo?
Anônimo disse…
Comparando  os custos  incidentes  sobre  as mercadorias  nos portos  de Montevidéu  e Rio
Grande,  no último  quarto  do século  XIX, tem­se:  em navio  a vela (1882),  uma tonelada  de
carvão, pagava, de Cardiff a Rio Grande, de 45 a 50 xelins. Daquele porto à Montevidéu, o custo
do transporte da mesma carga era de 24 xelins. O porte do sal proveniente de Cádiz, essencial às
charqueadas atingia entre 50 e 52 xelins a tonelada, via Rio Grande; a Montevidéu chegava por
21 xelins e 6 dinheiros.  (Rel. Bicalho). Silveira Martins, alguns anos depois, na sua tribuna do
Senado (14/8/1888), comparando os portos de Montevidéu e Rio Grande, afirmava que o custo
do  seguro  triplicava  quando  a  mercadoria  era  despachada  via  Rio  Grande  e,  generalizando  o
custo  do transporte,  acrescentava:  uma tonelada  de  carga  paga  20  xelins  quando  dirigida  ao
porto de  Montevidéu, 65  xelins ao do Rio Grande  e 75  xelins ao de Porto Alegre. A atividade
portuária  montevideana  não  dava  tréguas  à  precariedade  rio­grandina.  Nessa  época,  (Rel.
Associação Comercial, 1884, p.22) foram contratados melhoramentos para aquele porto no valor
de 30 000:$000 (trinta mil contos de réis) e projetavam os Orientais vias férreas direcionadas à
fronteira brasileira destinadas, não oficialmente, a ampliar a ilicitude mercantil em prejuízo do
comércio legalmente estabelecido.
Renato.
Renato disse…
O comentário acima e os próximos sobre o porto e a barra de Rio Grande foram extraídos de 'O COMÉRCIO E A BARRA DO RIO GRANDE DO SUL ' na grafia original do texto, e são de autoria de Raphael Copstein.
Renato disse…
"Nessa porfia pelo melhoramento da navegabilidade na barra, não faltou à entidade rio­grandina
o apoio das congêneres de Pelotas e de Porto Alegre. Estas associações não pouparam esforços e
prestígio  para  a  resolução  do  magno  problema.  No  plano  político,  a  situação,  em  virtude  da
rivalidade brasileiro­platinas, encerrava problemas relacionados com a segurança nacional.
   Se  de  há  muito,  a transposição  da Barra  do Rio  Grande  do Sul  apresentava  embaraços,  a
situação alterou­se para pio, a partir de 1879. Nesse ano, a profundidade, que era de 3,80m, foi­
se  reduzindo devido ao assoreamento dos  canais de acesso. Em 1881, a passagem tornou­se
dramática, apenas navios com o máximo de 2 metros de calado tinham condições de transpô­la.
(Rel. do Ministério de Viação e Obras Públicas, 1912 in Obras do porto e barra do Rio Grande do
Sul ­ Histórico, p.460). Os prejuízos atingiam em cheio o comércio rio­grandino e por extensão, aProvíncia. O relatório do Presidente, Soares Brandão,  registrou informação do responsável pela
Praticagem  da Barra  como sendo  péssimo  o estado  da barra.  Para precisar idéia  do ¨péssimo
estado¨,  transcreve­se  parte  do  telegrama  da  Associação  Comercial  rio­grandina,  em  1°  de
dezembro,  solicitando  ao  Presidente,  providências  junto  ao  Governo  Central.  O  rogado
impressionou–o, levando a reproduzi­lo em relatório.
   (...) o péssimo estado da barra desta província que nos últimos seis meses tem­se conservado
extremamente  baixa,  causando  à  navegação  e  ao  comércio  em  geral  sérios  prejuízos;  a  sua
impraticabilidade  dos  últimos  30  dias  tem  causado  verdadeiro  pânico;  cerca  de  cem  navios,
alguns  há  mais  de  3  meses,  calando  de  12  a  15  palmos,  se  acham  impossibilitados  de  a
transporem;  neste  número  contam­se  seis  paquetes  que  com  dificuldades  tem  apenas
conseguido  baldear  malas  e  passageiros,  precisando  para  isto  que  o  próprio  rebocador  de
pequeno calado, que faz o serviço da praticagem, aguarde oportunidade para poder executá­lo
(Fonte :Rel. do Presidente da Província, 1882).
   
Renato disse…
"Em 1882, informou a Associação Comercial, com exagero, ter­se praticamente transferido o
escoamento  do  comércio  rio­grandense  para  o  porto  de  Montevidéu.  Os  rendimentos  da
alfândega rio­grandina confirmam um decréscimo de atividade comercial como mostra a tabela .
Tabela 
Rendimento Líquido da Alfândega da Cidade do Rio Grande
ANOS RENDA LÍQUIDA
1880 ­1881 2.393:906$353
1881­1882 2.421:336$294
1882­1883 2.242:327$983
1883 ­1884 2.222:022$473
Fonte: A.Comercial do Rio Grande­Relatório 1884/1886
   Trecho do Ofício original enviado pela Associação Comercial do Rio Grande ao Presidente da
Província em 1883 sobre o estado da Barra.
   Os meios ilícitos da troca e as reclamações dos prejudicados levaram tanto os representantes
dos últimos, como ao Governo, a procurar soluções.
   Em telegrama datado de dois de dezembro, a Associação Comercial informava ao Presidente
Provincial ter contratado em Liverpool, a vinda de um especialista em desobstruções com uso de
dinamite. Solicitava permissão para que o técnico inglês, praticar sua atividade em benefício da
navegação, junto à Administração da Barra. 
   Essa tentativa de abertura por explosão não encontrou apoio na opinião do administrador da
barra.  Para  ele,  a  melhora  só  seria  obtida  por  efeitos  naturais  ou  por  escavações  especiais.
Opinião semelhante expendeu o engenheiro Lopo Gonçalves Bastos Netto. O técnico inglês ao
examinar o banco e verificar­lhe a extensão ­ mais de 700 metros ­ concluiu ser imprópria sua
técnica para conseguir o melhoramento.
   Não esmoreceu a Associação Comercial. Fretou o vapor Humaitá para empregar correntes de
ferro para a desobstrução, técnica que, segundo o inglês, havia obtido resultados promissores em
outros  portos  estrangeiros.  Novamente  manifestou­se  contrário  o  responsável  pela  barra.  O
Presidente  da  Província  conseguiu  junto  aos  superiores  licença  para  aplicá­la.  A  tentativa
fracassou. 
   
Renato disse…
" Por ofício dirigido ao Presidente da Província Souza Lima, em  janeiro de 1883, sabe­se que o
estado da barra, apesar de ter melhorado – não por interferência humana.– ainda era mau. A
navegação a vela, em pânico, com raras exceções, resolvera deixar de aceitar fretamento para a
Província. Na mesma correspondência, mais uma vez, frisou a importância do contrabando, em
detrimento da produção provincial.A barra em mau estado produzia bom contrabando...
      Por  essa  época,  quando  a  barra  não  permitia  a  entrada  de  vapores,  os  passageiros  que
demandavam a Rio Grande, serviam­se, para chegar a cidade, de uma catraia a vela e de um
rebocador de calado impróprio. Os serviços da Praticagem da Barra valiam­se de barco particular alugado. Aos óbices naturais somava­se um desaparelhamento de responsabilidade pública. 
  Considerando  as condições  desfavoráveis,  os naufrágios,  proporcionalmente  ao movimento
navegador, eram relativamente raros. Entre 1847 e 1882, quando passaram pela Barra 40 650
navios, houve 73 naufrágios ou sejam um por 557 barcos, ou média de dois por ano. No período
1866/ 1882, registraram­se entradas e saídas de 20 603 embarcações com perda de 22, ou seja
pouco  mais  de  uma  por  mil,ou  média  de  uma  por  ano.  Sem  minimizar  as  conseqüências,
acrescente­se que nem todos  os  soçobros foram devidos  a fatores naturais. A imperícia,  e  às
vezes a arrogância de comandantes, ignorantes das condições  reinantes, ou a ação de um ou
outro pirata da terra, responderam por alguns dos naufrágios. 
    Uma das mais chocantes perdas com grande repercussão pública foi o do navio nacional Rio
Apa,  em  1887.  Ancorado  fora  da  barra  durante  vários  dias,  esperando  condições  favoráveis à
entrada, naufragou e fez grande número de vítimas. 
Renato disse…
"Pirata da terra" = bandoleiros acendiam tochas em chifres de bois para simular a existência de faróis sinalizadores e desviar os navios de suas rotas. Assolados por ventos fortes, ondas enormes e por bancos de areia traiçoeiros, navios não resistiam e naufragavam ou encalhavam na beira da praia, tornando-se presas fáceis para os grupos armados que aterrorizavam o litoral do sul do Brasil.
Nilo Fiosson disse…
Caro Amigo Sard@a!

Conquanto seja eu um costumaz velejador destas límpidas e plácidas águas do Papareia, ainda não me aventurei em ditas mais profundas, bem como reconheço que sou um tanto pouco observador, eis porquê talvez, até hoje não vislumbrei nenhuma terra nova. Dito isto, confesso que não conheço e tampouco decifrei a sigla B.D.P.A, ressaltando que bem grato ficaria, se assim o fizeste.

Forte abraço!
ARLINDO TEIXEIRA disse…
Puxa vida! Depois dessa bela e erudita dissertação do Amigo Nilo, só me resta dizer a todos: BOM DIA PAPAREIADA AMIGA! Hehehehe....ABS/
Papareia disse…
RENATO: Obrigada pela ajuda histórica!
NILO: Cuidado...
ARLINDO: Isso é hora de acordar?
Sard@ disse…
Obrigado amigo Arlindo! Boa Noite Papareiada Amiga! (B.N.P.A.)
Sard@ disse…
Bom dia Papareiada remanescente! Será que chove Magrowski?
Nilo Fiosson disse…
Bom dia Sard@, MAmélia, Magrowski, Renato, Arlindo, Cadaval, Willy César...e Frestiadores, presentes e ausentes.

Desejo um agradável final de semana à todos, na companhia de quem vocês amam.

Que seus lares sejam aquecidos pelo Sol abrasador da fraternidade ou inundados pela chuva da felicidade!

Forte abraço.
ARLINDO TEIXEIRA disse…
Grande Nilo Fiosson, a recíproca é verdadeira mas infelizmente sem Sol e com muita água mesmo. Paciência, a Mãe Natureza é a que manda, só nos resta aceitarmos. ABS/
Vilmar Cadaval disse…
Bela inspiração, caro Nilo, bonito texto. Obrigado, pela parte que me toca......e a recíproca é verdadeira. Um abraço.
Renato disse…
É bom saber :
Antonino Manuel do Espírito Santo (1844-1913), 1º Sargento Músico do Exército Brasileiro, foi um grande compositor de dobrados. São de sua autoria o “Avante Camaradas”, o “Bombardeio da Bahia”, o “Saudades da Minha Terra”, e muitos outros que dão brilho às cerimônias militares.

Por volta de 1913, ele compôs uma belíssima melodia em homenagem a um colega de farda. Nascia o dobrado “Sargento Calhau”.

Esse dobrado tornou-se muito conhecido, e passou a ser tocado com freqüência pelas bandas militares da Bahia, onde o Sargento Antonino serviu no 50º Batalhão de Caçadores, em Salvador, até a data de seu falecimento.

Acredita-se que a melodia tenha chegado ao conhecimento dos músicos da Marinha por meio da Segunda Companhia de Fuzileiros Navais de Salvador, que a havia incorporado ao repertório de sua banda de música.

Em 1916, o então 1º Tenente Francisco Dias Ribeiro, que servia no Quartel de Marinheiros, à época localizado na Ilha de Villegagnon, escreveu uma poesia inspirada no veleiro Benjamim Constant, o navio-escola, chamado de “Cisne Branco”, e a adaptou ao Dobrado Sargento Calhau, dando origem à conhecida canção que se tornou o hino oficial da Marinha do Brasil.

Sard@ disse…
Bom dia pessoal sempre atento e presente em nossa cachaça diária! Hoje com certeza vai fazer sol o dia todo!
Renato disse…

Quando se começa a pesquisar sobre alguma coisa que tenha sido postada aqui no Papareia, como os 3 antigos postais acima, a Barra ou o Porto, se encontram coisas de interesse e até algumas difíceis de imaginar.

Em 1875 Sir John Hawkshan, comissionado pelo governo imperial visitou o porto de Rio Grande e propôs a construção de quebra-mares mas o projeto detalhado de 2 molhes junto a embocadura só seria apresentado quase dez anos depois.

Em 1876 D. Pedro II em viagem pelos Estados Unidos e preocupado em aumentar o comércio e com as dificuldades da Barra de Rio Grande, foi acompanhado por um engenheiro americano, assistente do engenheiro-chefe James Eads das obras de melhoramento da entrada do rio Mississipe. D. Pedro era um homem inteligente. Mais do que isso era culto. Tudo anotava em seu diário de viagem sendo até mesmo irônico ou depreciativo algumas vezes.
................................................................
Em 13/11/1903 José Carlos de Carvalho, comandante comissionado pelo presidente Rodrigues Alves, promove em Nova York uma reunião de capitalistas sobre a concessão de obras da barra e do porto da cidade de Rio Grande. Entre os integrantes o engenheiro americano Elmer Lawrence Corthell. Somente depois de Corthell ter dado a palavra de que poderia levar a termo a obra requerida os capitalistas aceitam bancar o investimento.

Elmer Lawrence Corthell, o mesmo engenheiro que acompanhara D. Pedro II, seria o encarregado, 30 anos depois, não mais sob o império mas agora na república, de uma das maiores obras que se tinha notícia sobre melhoramentos portuários em todo o Brasil: A Barra do Porto de Rio Grande.

Aos 66 anos, Corthell, elevado a presidente da conceituada Sociedade Americana de Engenharia Civil, era um dos mais experientes engenheiros e com obras em vários países, Argentina, México entre outros. Em 15/02/1905, pelo Yatch MARGARET, o grupo de capitalistas chega ao Rio de Janeiro. Em Rio Grande depois inspecionar a barra e de rever toda a farta documentação já existente sobre a mesma, apresenta a proposta inicial em 25/03/1905 e uma proposta adicional em 12/08/1905.
Tal proposta foi apresentada à exame de uma comissão presidida pelo Eng. Francisco Bicalho (irmão do então falecido eng. Honório Bicalho), Alfredo Lisboa e Ernesto de Otero, que decidiu aceitável o projeto de melhoramento da Barra e discutiu o orçamento do mesmo considerando-o elevado.
A negociação entre as partes se prolongou até 18/04/1906 quando pelo decreto do então Presidente Rodrigues Alves 'Aprovando as clausulas para o contrato das obras de melhoramento da Barra do Rio Grande do Sul e das do porto da cidade do Rio Grande', ainda que esse contrato só tenha sido assinado em 12/09/1906.

Corthell organizaria então a companhia "Port of Rio Grande do Sul" com sede em Portland, EUA e que foi autorizada, pelo novo presidente Dr. Affonso Penna, a funcionar no Brasil pelo decreto 6.788 de 12/12/1907 sendo que somente em 11/02/1908 foram finalmente aprovados "os planos, plantas e orçamentos para execução das obras de melhoramento do Porto de Rio Grande" e que modificava as de 18/04/1906... Desde o império de D. Pedro II muitos obstáculos foram vencidos e muitos mais ainda teriam que ser vencidos para se chegar até o que se tem hoje: A BARRA DO RIO GRANDE.
Anônimo disse…
Com as coisas de Rio Grande, o Papareia eh de praxe um prato cheio, não resta dúvidas. Mas tem se superado em informação com o contributo de comentários pesquisa bem oportunos. Bom navegar por aquí. Ab Luiz Alfredo
Magrowski disse…
Com certeza, Luiz Alfredo.
Renato disse…
Na ZERO HORA de hoje, domingo 22 de novembro de 2015 : MEMÓRIAS DE UM ESCRAVO NO BRASIL - Livro que narra a história de Mahommah G.Baquaqua, quando escravo de propriedade de Clemente José da Costa, capitão de navio que com a embarcação LEMBRANÇA fazia viagens até o porto de Rio Grande. No trecho abaixo - junto com aquela gravura do porto com barcos veleiros e o casario junto ao porto na Riachuelo - Baquaqua narra sua primeira passagem pelo porto do Rio Grande em 1847, quando era escravo embarcado lidando no transporte de charque: " Nossa primeira viagem foi para o Rio Grande. A viagem em si teria sido bastante agradável se eu não tivesse ficado mareado. O porto no Rio Grande é um tanto raso e, ao entrar, batemos no fundo. Por causa da maré baixa tivemos enorme dificuldade em fazer a embarcação flutuar novamente, mas finalmente conseguimos. Permutamos nosso carregamento por charque e prosseguimos então para o Rio de Janeiro, onde logo conseguimos vender a mercadoria..."
Renato disse…
"A verdade nem sempre é tão simples, assim como nem sempre uma reta é o melhor caminho entre dois pontos "

Como visto anteriormente, sobre Elmer Lawrence Corthell, em 11/02/1908 foram finalmente aprovados "os planos, plantas e orçamentos para a execução das obras de melhoramento do Porto de Rio Grande"
Curiosamente, em cartório em Paris e pouco menos de 4 meses da data acima ou seja em 05/06/1908, é apresentado um pedido de 'Substabelecimento de todos os direitos e obrigações da empresa Sociedade Americana Port of Rio Grande do Sul, de Elmer L. Corthell e outros, no ato bastante representado por Percival Farquhar, estadunidense, engenheiro, e de outro lado como substabelecido o Sr. Hector Legru, francês, investidor. No ato apresenta o referido Sr. Legru um dos originais de escritura com os Estatutos de uma Sociedade Anônima que pretende fundar, com sede em Paris, sob a denominação Compagnie Française du Port de Rio Grande do Sul, lastreada em 60.000 ações de 500 francos cada, totalizando 30.000.000 de francos. Desse total, 20.000 das referidas ações são preferenciais e as restantes 40.000 ações ditas ordinárias, sendo estas 40.000 últimas pagas à Sociedade Americana Port of Rio Grande do Sul, de Elmer L. Corthell e outros, como retribuição dos bens por ella trazidos à companhia. '
Do acima referido se depreende que 1) em realidade a empresa de Corthell detinha 2/3 de todo o capital acionário da Compagnie Française pela posse de 40.000 das 60.000 ações, ainda que sem direito a voto. 2)É intrincado o relacionamento entre os contratantes : Hector Legru era em realidade sócio de Percival Farquhar na Brazil Railway Company, empresa que possuía, entre 1906 e 1918, diversas ferrovias especificamente em estados como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul (Percival era proprietário da Ferrovia São Paulo-Rio Grande do Sul), São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e no atual estado de Rondônia. 3) Mesmo após a transferência por substabelecimento de todos os direitos e obrigações à nova empresa, Elmer L. Corthell continua, até 1911, aos 71 anos, como engenheiro-chefe de toda a operação para a construção dos referidos molhes da entrada da Barra de Rio Grande, quando por tentativas de mudanças em seu projeto inicial se afasta em definitivo. Uma das tentativas, de autoria do Eng. Ripley, engenheiro-conselheiro junto ao Dr. Carlos Sampaio, representante do governo brasileiro, dizia respeito a construção de apenas um molhe ao invés de dois e alterando-se a sua trajetória. Corthell não lhe deu o menor crédito. Mesmo depois de seu afastamento tentou Ripley com o sucessor de Corthell e até mesmo com o Eng. Francisco Bicalho, vender a idéia, segundo a história, aceita até por Bicalho em função da economia de milhões de dólares. Levada à diretoria da Compagnie Française, não teve o menor êxito. Corthell faleceu, cinco anos após seu afastamento e aos 76 anos, em 16/05/1916.
Sard@ disse…
Bom dia Papareiada remanescente! Alô Magroswki, Nilo, Renato, Luiz Alfredo, Arlindo, MAmélia, Vilmar, Willy Cesar, e Anonimos!
Nilo Fiosson disse…
Bom dia Papareiada Amiga!

Não importa como foi o nosso fim de semana. Hoje começa tudo de novo, graças à Deus!

Que tal começar com um comentário no Papareia?

Forte abraço à todos!
Magrowski disse…
Fala Sardá! Fala Nilo! Que bom que vocês ainda andam por aqui. Estou aqui renovado, depois de lamber a minha cria em Floripa.
Sard@ disse…
Bom dia Papareiada Amiga! “Vamos marcar a 2ª mesa de bar?” P.S. Pode ser na cidade viu MAmélia! Que tal no mercado Municipal?
Nilo Fiosson disse…
Com os pastéis do Silvio, eu suponho?
Sard@ disse…
Do mano do Silvio! Nilo!
Nilo Fiosson disse…
Bom dia Papareiada Amiga!

Com a devida licença, estamos subindo a serra, para mostrar a um Amigo Paulista, as belezas de Nova Petrópolis, Gramado e Canela.

Forte abraço à todos!
Sard@ disse…
Boa tarde Nilo, e bom passeio!
Nilo Fiosson disse…
Bom dia MAmélia, Magrowski, Sard@, Arlindo, Renato, Vilmar, Willy César...!

Não vamos cobrar metas, mas se cada Frestiador, deixar seu comentário...o Papareia dobra a meta!
Magrowski disse…
Grande verdade, grande Nilo!
Sard@ disse…
Bom dia Papareiada! Boa sexta-feira, bom sábado e domingo! Será que vai dar praia?

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