O dono da noite “A noite não tem donos, nem deve ter mesmo. A noite é de todos os que a aproveitam sadiamente para dançar, conversar, tomar uma bebida, namorar, flertar, se divertir”. Assim definiu um dos maiores entendedores da noite rio-grandina, o querido José Ivo Souza, o Zé Ivo, de saudosa memória. Ele imperou absoluto em suas 14 casas noturnas, entre as décadas de 1960 e 80, por quase 30 anos “cuidando” das pessoas, trabalhando com sua equipe para elas se divertirem. Em entrevista a este jornalista, na Rádio Universidade FM, em 1991, ele recordou sobre a boate Quilombo, de 1968: “eu aluguei a casa onde morou a família Duprat, na Marechal Floriano, em frente ao clube Caixeiral (...) Paulo Penna e José Quimarães me ajudaram com a decoração (...) Ali, fiz a primeira vernissage na abertura de uma exposição de quadros com artistas locais (...) Minhas casas, a partir dessa experiência, tinham obras de arte, não eram só dança e bebida, preocupei-me em deixar o ambi